A tecnologia que é capaz de levar o indivíduo para um universo paralelo está contribuindo com o tratamento e a reabilitação dos pacientes atendidos na unidade, que foram ou que ainda serão submetidos a cirurgias e outros procedimentos ortopédicos.
No caso dos pacientes da pediatria, é uma excelente maneira de entreter as crianças durante os procedimentos.
“É algo inovador na rede pública de saúde na Bahia. Avaliamos o quadro do paciente e, de acordo com a liberação médica, associamos a realidade virtual aos procedimentos, sempre com auxílio dos profissionais de enfermagem e fisioterapia”, explica Vitor Neri, coordenador multiprofissional do centro de reabilitação do hospital. “Assim, a gente leva o paciente para um outro mundo e ele esquece o ambiente de hospital”, ressalta.
Reinan Reis, 12 anos, gostou do equipamento. Ele veio de Quixabeira (município a 300 km de Salvador), para operar o joelho. A mãe, Rosicleide Novais, também aprovou a ferramenta. “É bem legal, é como se fosse o celular que ele já gosta muito, só que ainda melhor”, disse.
Após o procedimento cirúrgico, os pacientes passam por um período em que precisam realizar exercícios de reabilitação e o equipamento de realidade virtual também pode ser usado nessas circunstâncias.
“É possível associar vários vídeos e jogos para os mais diferentes casos, como um paciente que fez uma cirurgia no joelho, no tornozelo, ou no quadril. Usamos um jogo de futebol para que ele possa reproduzir os movimentos funcionais com mais assertividade, acelerando ainda mais esse processo de reabilitação”, garante Nery. “E isso pode ser feito com outros esportes. Tudo usando os óculos”.
Fonte: A Tarde
Foto: Uendel Galter/ Ag A TARDE
