Entradas de carregador para celular podem variar de acordo com a marca e o modelo do aparelho. Por isso, ainda hoje é possível passar certos perrengues ao esquecer o conector correto em casa e tentar a sorte pedindo emprestado a alguém. Celulares Android, por exemplo, podem oferecer ao usuário tanto uma entrada micro USB – em modelos mais antigos ou mais baratos – quanto uma USB-C, nas versões mais recentes. O cenário também é diverso no universo da Apple, já que desde o iPhone 5 os aparelhos vendidos pela Maçã é equipado com a porta Lightning.
Atualmente, o Brasil estuda abolir diferentes entradas de carregamento para modelos de celular distintos, tentando seguir os passos da União Europeia (UE), que aprovou, este ano, uma Lei exigindo que as fabricantes forneçam aparelhos com os mesmos tipos de conectores. A mudança está marcada para acontecer até 2024 e deverá trazer ao mercado o primeiro iPhone com entrada USB-C da história.
1. Micro USB
Alimentação da bateria é feita via microUSB (Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo) — Foto: TechTudo
Criado no início dos anos 2000, na versão USB 1.1, os cabos micro USB costumavam ser as portas USB mais comuns entre celulares Android, tablets e até Kindles. O formato da entrada como conhecemos veio com a segunda geração do conector, o USB 2.0, estando presentes em aparelhos de marcas como Nokia, Motorola e até modelos da Samsung, como o Galaxy A03.
Quando foi lançado, apresentava uma velocidade de transferência 40 vezes maior que a geração anterior, com taxa máxima de banda larga de 480 Mbit/s, cerca de 60 MB/s.
O modelo que vemos nos smartphones é o do plugue Micro-B, que traz cinco pinos internamente em formato que lembra um trapézio, embora tenha seis lados. Apesar de ainda poder ser visto no mercado em celulares mais baratos como Nokia 6310, de 2021, ele vem sendo substituído gradualmente pela porta USB-C, e pode vir a ser extinto nos próximos anos. Principalmente se as leis de padronização forem amplamente aprovadas no mundo.
2. USB-C
Como limpar a entrada do carregador do celular — Foto: Katarina Bandeira/TechTudo
A entrada USB-C surgiu em 2014 e se tornou a mais popular da atualidade. No ano seguinte, apareceu no MacBook, da Apple, sendo também adotada em notebooks do Google. Na época, ainda não era a preferência de fabricantes de celulares, mas acabou conquistando o mercado pelo padrão simétrico, com design arredondado nas laterais e achatado nas extremidades, rapidez de carregamento e durabilidade.
Os conectores USB tipo C têm o mesmo tamanho dos Micro-B, mas trazem 24 pinos internos (12 de cada lado). Também são mais rápidos que as gerações anteriores. Uma de suas maiores vantagens está na boa aceitação do mercado que, cada vez mais, estuda formas de deixá-lo como única porta de entrada possível para celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos com funções semelhantes. Recentemente, apareceu até na nova versão do Kindle.
3. Lightning
Carregador do iPhone — Foto: Katarina Bandeira/TechTudo
Exclusiva da Apple, a entrada Lightning vive uma relação de amor e ódio entre os consumidores da marca desde sua chegada aos aparelhos da gigante de Cupertino. Os primeiros dispositivos compatíveis foram o iPhone 5, o iPod Touch (5ª geração) e o iPod Nano (7ª geração). O iPad (4ª geração) e o iPad Mini (1ª geração) ganharam a porta em outubro de 2012, mas nem todo mundo gostou da mudança. Na época, muita gente criticou a Maçã por abandonar a entrada Dock, usada desde 2003, tornando assim os aparelhos anteriores obsoletos.
O Lightning é um conector de 8 pinos, cada um conectado ao seu gêmeo do lado oposto, o que permite encaixar a entrada em qualquer direção. Apesar de estar há 10 anos no mercado, seus dias parecem estar contados, pois a União Europeia determinou o uso obrigatório do USB-C. Com isso, a entrada poderá ser adotada já no iPhone 15.
Caso a tendência se torne regra em mais continentes, é possível que a gigante de Cupertino diga adeus a porta e tenha uma das maiores mudanças de sua história.
Foto:Pixabay
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