De acordo com dados divulgados pela SEC, 80 mil estudantes estão matriculados em escolas do campo na rede estadual — 1.111 em escolas de assentamento. Para a dirigente do setor estadual de educação do MST Bahia, Síntia Carvalho, o evento tem como prioridade o estudante assentado, quando fortalece o trabalho conjunto, com o Estado e a União.
“A Secretaria de Educação está junto conosco, pensando, construindo junto, reformando nossas escolas, construindo refeitórios, estradas, organizando os nossos espaços para que, de fato, as nossas escolas estejam bem estruturadas para receber os nossos educandos e educandas com a nossa identidade, para que tenhamos uma educação pública gratuita e de qualidade”, dividiu.
Cerca de 340 educadores que trabalham em assentamentos e quilombos de dez regiões da Bahia estiveram nos três dias de encontro. Juntos, os professores fizeram um balanço dos resultados da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos territórios de reforma agrária, dos trabalhos de agroecologia realizados nas escolas e da implantação da alimentação da agricultura familiar na educação estadual.
Secretária da educação, Rowenna Brito ressaltou que o encontro acontece em diálogo com os projetos estratégicos da pasta para os próximos anos nas zonas rurais e nos territórios quilombolas.
“Fizemos uma formação em conjunto com o Ministério da Educação e com as nossas universidades estaduais. No primeiro dia da formação, a gente recebeu a representante do Ministério da Educação, que tratou de pautas das escolas do campo, de assentamento, dialogando com os projetos estratégicos da Secretaria da Educação, com o Bolsa Presença, com o Educa Mais Bahia, com toda essa agenda de garantia de permanência dos estudantes na escola”, reforçou Rowenna.
O educador popular Munvualenganga, professor de matemática e de agroecologia do Colégio Estadual Luana Carvalho, de Ituberá, avaliou que o encontro foi essencial para o aprimoramento da pedagogia dos professores nos seus territórios.
“O encontro também é um momento que você conhece outras experiências positivas, divide sofrimentos comuns a outros professores e se atualiza dos debates. Conhecemos um pouco das políticas públicas, dos princípios organizativos. Reacende na gente a esperança em relação a educação popular”, celebrou.
Fonte: GOVBA
Repórter: Milena Fahel/GOVBA