O Carnaval já tomou conta da Bahia, trazendo brilho e animação para todos os cantos do estado. Mas, enquanto os foliões espalham alegria, um grupo de estudantes do curso técnico de Agroindústria do Colégio Estadual Celso Mendes de Lima, em Conde, encontrou uma forma inovadora de manter o brilho da festa sem prejudicar o meio ambiente. Eles desenvolveram um glitter sustentável à base de amido de milho, substituindo o tradicional, que contém microplásticos nocivos à natureza.
A iniciativa, batizada de Glitter Sustentável, surgiu a partir da preocupação com o impacto ambiental dos resíduos gerados na folia, incluindo os microplásticos do glitter convencional. A professora Patrícia Mendes, responsável pelo projeto, explica que a ideia nasceu dentro de uma atividade de iniciação científica. “Queria unir o contexto do Carnaval a práticas sustentáveis e estimular o pensamento crítico dos alunos”, conta.
Os estudantes Natiane Dantas, Wellington Santos e Gleice Lopes se dedicaram à pesquisa de ingredientes biodegradáveis e corantes naturais, utilizando matérias-primas como jamelão, feijão azul, hibisco e urucum – todos abundantes na região. O resultado foi um bioglitter que não apenas mantém o efeito brilhante desejado para a festa, mas também respeita o meio ambiente.
“A iniciação científica nos ajudou a desenvolver criatividade, pensamento crítico e soluções sustentáveis. Com nosso bioglitter, podemos aproveitar o Carnaval sem prejudicar a natureza”, afirma Natiane.
A inovação dos jovens reforça que é possível curtir a folia com consciência ecológica e mostra que pequenas atitudes fazem a diferença na preservação do meio ambiente.