Bruna Bitencourt
No episódio mais recente do “Estação Trend”, transmitido pelo Vozes da Estação, a percussionista e maestrina Adriana Portela compartilhou sua trajetória histórica, tornando-se a primeira mulher do mundo a assumir a função de maestrina de percussão. Durante a entrevista, ela também falou sobre a Banda Didá, a primeira banda de samba reggae formada exclusivamente por mulheres, da qual Adriana é integrante e participa desde a formação.
Pioneirismo na Percussão
Adriana, que fez história ao quebrar barreiras de gênero na música, comentou sobre os desafios que enfrentou para se tornar maestrina de percussão, um cargo predominantemente masculino. “Não foi fácil, mas Neguinho nos ajudou nesse processo. Eu queria mostrar que a música, especialmente a percussão, é para mulheres também”, disse a artista, que se tornou referência para mulheres em todo o mundo.
A Banda Didá: Inovação e Inclusão no Samba Reggae
Durante a conversa, Adriana também abordou o impacto da Banda Didá, que foi a primeira do mundo a tocar samba reggae com uma formação exclusivamente feminina. A banda, criada através da insistência e curiosidade das meninas em não apenas dançar, mas tocar, se tornou uma referência internacional, promovendo a inclusão social e a representatividade feminina.
“A Didá surgiu para dar voz às mulheres na percussão, mostrando que podemos ser líderes na música”, afirmou Adriana. Além de sua contribuição musical, a banda desenvolve projetos sociais de ensino de percussão para jovens de comunidades, além de possuir um projeto que atende a crianças.
Desafios e Legado
Adriana também refletiu sobre os desafios atuais da música brasileira e a importância da representatividade feminina. Ela destacou que, embora haja mais espaço para as mulheres na música, ainda há muito trabalho a ser feito para garantir igualdade em todas as áreas da arte. “Estamos conquistando nosso espaço, mas a luta continua”, concluiu.
A participação de Adriana no “Estação Trend” trouxe uma reflexão sobre a evolução da música brasileira e o papel de mulheres como ela, que continuam a quebrar barreiras e transformar a cultura musical.
Foto: Divulgação
