A previsão é que os ferries, que virão da Grécia, integrem o sistema já no início do próximo ano. No entanto, o responsável pela pasta não revelou a data exata para que isso aconteça. “Nossa expectativa é que no início do próximo ano, no primeiro semestre, cheguem as duas embarcações”, disse Florence.
Ainda segundo o titular da Casa Civil, o processo de aquisição já está em um estágio avançado e as cinco empresas gregas que participaram foram aprovadas inicialmente. “Qualificamos todas as cinco”.
Após o processo de pré-qualificação, que leva em conta vistorias sobre os aspectos técnicos, de mecânica náutica, documentação, entre outros, a próxima fase será iniciada.
“Nós concluímos essa pré-qualificação, agora iniciaremos a disputa de preço, a disputa de mercado. Muito brevemente temos a expectativa de termos selecionados as empresas, nosso propósito é a aquisição de dois ferries boat’s e nós estamos fazendo um esforço de manutenção da frota atual para nesse ínterim mantermos aos serviços em brevemente início do ano que vem ainda não dá para dizer a data exata”, explicou Florence.
Cenário atual
Atualmente, segundo a Internacional Travessias Salvador, o sistema conta com sete embarcações, porém apenas cinco estão operando (Dorival Caymmi, Ivete Sangalo, Maria Bethânia, Anna Nery e Pinheiro).
De acordo com o consórcio, os ferries Zumbi dos Palmares (realizando procedimento obrigatório de docagem) e o Rio Paraguaçu (em manutenção corretiva) estão inoperantes no momento.
Além destes problemas atuais, muitas vezes, por falta de manutenção ou outros problemas, o sistema chega a operar com menos que cinco embarcações, o que ocasiona diversos problemas; como filas quilométricas, resultando em horas de esperas, rampas com defeitos e ferries sem limpezas.
Para a promotora do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Rita Tourinho, que ajudou a criar um grupo para discutir e acompanhar a situação do sistema ferry boat, apenas a chegadas de novos ferries não resolverá os problemas.
“A aquisição, por si só, não vai solucionar o problema, por quê? Porque além de adquirir essas embarcações, tem que ser dada a devida manutenção nessas embarcações. Porque se não houver esse serviço de manutenção, ela ficará sucateada novamente”.
Segundo a promotora, a justificativa da ITS é falta de espaço para realizar alguns serviços, o que deve ser solucionado pelo projeto do Governo do Estado.
“Hoje, o Estado está com um projeto que é uma coisa concreta. Vai comprar duas novas embarcações e, para solucionar temporariamente esse problema da ausência do espaço para a realização dessas melhorias nas embarcações, revisão em e consertos, eles estão trazendo contrato com a Emgepron, que é uma empresa pública vinculada à Marinha. E aí para haver essa disponibilização dessa área. O próprio estado que vai custear essa área como tem que ser”.
Fonte: A Tarde
Foto: Mila Souza/ Ag. A TARDE