Um levantamento de acidentes de trânsito elaborado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) mostrou que os motociclistas são as principais vítimas fatais de acidentes no estado baiano. A cada cinco sinistros com mortes, dois são motoqueiros ou motociclistas.
Como consequência direta, o SUS Bahia em 2023 teve um número de 37.174 acidentes notificados, um aumento de 47,5% quando comparado a 2022. De modo geral, os acidentes de trânsito vitimizaram 2.665 pessoas em 2023, sendo 77,2% de motociclistas.
Neste ano, só em Salvador, de janeiro até o momento atual, o número de motociclistas vitimados é de 1.076, sendo 1.043 feridos e 33 mortos em acidentes de trânsito. Sendo as ruas com o maior número de acidentes com motociclistas as Avenidas Luís Viana, Afrânio Peixoto e Antônio Carlos Magalhães. Os tipos de acidentes mais comuns entre os motociclistas são colisões, quedas e choques.
As preocupações em torno deste tema já chegaram há muito tempo aos órgãos públicos, que vêm tanto reforçando a segurança no trânsito, através da introdução de leis e regularizações quanto ao tráfego irregular em vias públicas, além de realizar campanhas e eventos educativos em torno da prevenção e conscientização de acidentes.
Medidas legais como as previstas no artigo 54 do Código de Trânsito Brasileiro, que determina possível a circulação nas vias somente com a utilização do capacete de segurança certificado pelo INMETRO, com viseira ou óculos protetores, de segurar no guidão com as duas mãos, e com o uso de vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.
O motociclista tem, também, direito ao tratamento médico, e à indenização de acordo com a violação de seus direitos, conforme os artigos 186 e 927 do Código Civil. Assim como o direito ao seguro por Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de via Terrestre (DPVAT), um direito dado às vítimas de acidente de trânsito.
Fonte: Tribuna Da Bahia
Foto: Bruno Concha/Secom PMS
