O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apresentou, nesta quinta-feira (24), o projeto de restauração da Praça dos Três Poderes, em Brasília. O local foi alvo de atos de vandalismo durante os ataques de 8 de janeiro de 2023. As obras, que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terão início previsto para julho deste ano, com conclusão estimada para o segundo semestre de 2026.
O investimento total é de R$ 22 milhões. Entre as principais intervenções estão a recuperação do piso e das estruturas danificadas, o restauro das obras de arte e da iluminação da praça e dos monumentos, além de melhorias na acessibilidade, drenagem e sinalização. O projeto também prevê a instalação de novas câmeras de segurança e bancos.
Entre os elementos que passarão por restauração estão a escultura “Os Candangos”, o Museu da Cidade, os monumentos de Israel Pinheiro, Juscelino Kubitschek e Tiradentes, o Pombal, o espaço Lúcio Costa e o Marco Brasília.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, afirmou que a obra trará mais conforto ao espaço sem o descaracterizar. Ele destacou a importância da segurança no local, lembrando que, durante os ataques de janeiro, pedras portuguesas da praça foram arrancadas e usadas para agredir policiais.
A escolha das prioridades de restauro considerou uma consulta pública feita com mais de 100 cidadãos. Após um atentado a bomba na região, em novembro do ano passado, que resultou na morte de um homem, o Iphan também se reuniu com representantes do STF, Senado e Câmara para discutir medidas de segurança, incluindo a manutenção de grades e o reforço na vigilância.
Inicialmente sob responsabilidade do governo do Distrito Federal, a manutenção da Praça dos Três Poderes passou para o governo federal após críticas da primeira-dama Janja da Silva sobre o estado de conservação do local. A praça, que faz parte do projeto original de Brasília assinado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, terá agora sua primeira restauração integral desde a inauguração da capital, em 1960.
Além da Praça dos Três Poderes, outros dois projetos serão contemplados com recursos do Novo PAC: o Museu Vivo da Memória Candanga, que receberá R$ 500 mil, e o Catetinho, com investimento de R$ 200 mil, ambos em parceria com o governo distrital.