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Chance de asteroide colidir com a Terra aumenta e se torna a maior da história

Asteroide 2024 YR4 é monitorado pela Nasa e chegou ao nível 3 na escala de Torino com uma chance de impacto na Terra de 1 em 32 no ano de 2032. As chances de choque, contudo, ainda são baixas

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Aumentaram para 3,1% as chances do asteroide 2024 YR4 colidir com a Terra em 2032, informou a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), nesta terça-feira (18/2). O objeto chegou ao nível 3 na escala de Torino, que mede o risco de impacto em consideração com a força de energia liberada pelo asteroide em caso de impacto em um cenário de até 100 anos no futuro. Essa possibilidade, embora considerada baixa — existem 96,9% de chances do asteroide não bater na Terra —, chama a atenção pelo aumento da porcentagem, que até semana passada era de 2,3%.

 

O asteroide Apophis, descoberto em 2004, detinha o recorde de maior risco de choque com a Terra até então, com 2,7% (prevista para o ano de 2029). Analises posteriores, contudo, reduziram o risco de impacto no próximo século a zero. Vale lembrar que o 2024 YR4 é consideravelmente menor do que o Apophis.

O asteroide 2024 YR4, que foi descoberto no ano passado, é classificado como um objeto próximo da Terra (NEO). Cientista apontam que a probabilidade de o asteroide atingir a Terra em 2032 é de 1 em 32.

Caso o 2024 YR4 de fato colida com a Terra, o objeto rochoso cairá no planeta nas vésperas de Natal, no dia 22 de dezembro de 2032. Além da Nasa, atualizações sobre o 2024 YR4 têm sido emitidas pela Agência Espacial Europeia (ESA).

 

 

Características do asteroide
Estima-se que o YR4 tenha entre 40 e 100 metros de comprimento e possa ter o tamanho de um prédio de 18 andares. O Sistema de Último Alerta para Impacto de Asteroides com a Terra (ATLAS, na sigla em inglês) descobriu a rocha em 27 de dezembro de 2024.

 

Desde lá, os riscos de choque com a Terra foram de 1,2% para 1,6%; depois para 1,9%, 2,3% e, agora, para 3,1%. Um meteoro do porte do YR4 poderia causar danos graves no local de impacto e arredores, caso colida com o planeta — ele conseguiria destruir cidades como Bogotá, Lagos ou Mumbai, mas não chegaria a destruir um país por completo.

Em média, um asteroide do porte do YR4 só cai na Terra em milhares de anos. Por estar no topo da escala de risco, pesquisadores realizam desde janeiro observações prioritárias para conseguir novos dados sobre o tamanho e a trajetória do objeto rochoso.

 

 

Fonte: Correio Braziliense

Foto: Handout / NASA/Magdalena Ridge 2.4m telescope/New Mexico Institute of Technology/Ryan / AFP