Policiais civis na capital baiana participaram na tarde desta segunda-feira (10), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), de capacitação do Projeto ‘Mais Seguro com Android’, em parceria com o Google. O objetivo é municiar o efetivo policial, que vai trabalhar no Carnaval, com informações acerca dos recursos disponíveis para proteção de dados e dispositivos das vítimas de roubo ou furto.
De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, a formação contempla técnicas para auxiliar a vítima no bloqueio do aparelho celular, proteção dos dados bancários e localização do aparelho. “Sabemos que, às vezes, as pessoas furtam vários celulares e ficam no circuito. As nossas equipes descaracterizadas farão a prisão e a recuperação desses aparelhos ainda durante os festejos”, explica.
A importância dos recursos do Android para garantir a recuperação desses aparelhos também foi destacada por Brito, que apontou ser este um trabalho contínuo, integrado à Operação Mobile. “Com a operação, já devolvemos mais de 400 aparelhos à população. Nós estamos fazendo agora a segunda etapa, com celulares que foram subtraídos durante o Festival da Virada. Esse é um movimento contínuo, das polícias civis de todo o Brasil, não só aqui da Bahia”, afirmou a delegada.
Para o Carnaval, a Polícia Civil irá atuar no auxílio às vítimas de roubo ou furto, orientando sobre as três ferramentas de segurança disponíveis para celulares Android. Ainda pouco conhecidas pela população, elas geram o bloqueio da tela de dispositivos em situações de delitos, oferecendo uma camada extra de segurança para os foliões, evitando casos como a invasão de contas bancárias ou roubo de contas de e-mail.
Como explica Fabrício Ferraccioli, gerente técnico de engenharia de Android, os policiais vão atuar como multiplicadores, instruindo as pessoas a ativarem os recursos preventivamente. “O primeiro recurso é chamado bloqueio por detecção de roubo, que é um modelo de inteligência artificial que é executado no dispositivo que tem como objetivo detectar o movimento associado ao roubo e bloquear a tela para prevenir que o assaltante possa explorar os aplicativos”, detalha.
Outra funcionalidade é pensada a partir da jornada do assaltante, uma vez que como ele não quer que o aparelho seja bloqueado remotamente, ele costuma desligar a conexão de dados com internet e tentar deixar a tela ativa o máximo de tempo. A partir destes dois procedimentos, um sinal de risco é ativado e o aparelho também é bloqueado pelo sistema.
Por fim, o terceiro recurso é o bloqueio remoto, que pode ser feito através do site android.com/loc, e que segundo Ferraccioli, é o mais relevante no cenário do Carnaval. “Você consegue entrar nesse site e somente colocando o seu número de telefone, você bloqueia a tela do aparelho. Isso é bastante importante porque dá uma agilidade para o usuário e facilita que ele pegue o celular de algum amigo ou até dos próprios policiais, e bloqueie a tela para dificultar a vida do assaltante”, esclarece.
Também presente no evento realizado na tarde de ontem no auditório da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, o advogado especialista em segurança do Google, Antônio Trigueiro, destacou a complexidade da atuação das forças de segurança nacionais, no que tange aos furtos e roubos de aparelhos celular. O que antes se restringia a um caráter comercial destes dispositivos, hoje incorre na proteção de dados sensíveis das vítimas.
Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação/Reprodução