Bahia e Salvador aumentam taxa de ocupação através de investimentos

Um dos principais desafios das gestões públicas no Brasil é a diminuição do desemprego como forma de fazer a economia girar e combater as desigualdades sociais, retirando milhares de pessoas da fome e da pobreza.

Na Bahia e em Salvador, o trabalho tem demonstrado resultados. Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgados pelo IBGE na última segunda-feira (17), na Bahia a taxa de desocupação (pessoas que não trabalham, mas estão ativamente em busca de uma oportunidade) foi de 10,8% no ano de 2024, caindo pela terceira vez consecutiva e se colocando como o menor resultado para o estado em dez anos, desde 2014 quando tinha sido de 9,8%.

Já Salvador teve em 2024 uma taxa de desocupação de 12,8%, a menor desde 2015 (12,7%). Apesar de ser a mais alta entre as 27 capitais brasileiras, a redução deve ser levada em conta.

Procurados pela Tribuna, o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Augusto Vasconcelos, e a secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Mila Paes, explicaram alguns motivos para bons resultados na geração de empregos. Entre elas os investimentos no turismo, serviços, indústria, mas também na diversificação da matriz econômica e em setores estratégicos como a economia do mar, logística e a economia criativa.

De acordo com a PNAD Continua, de 2023 para 2024, houve no estado aumento do número de pessoas trabalhando em 8 dos 10 grupos de atividades econômicas investigados. O segmento de indústria geral foi o principal destaque positivo, com os maiores aumentos absoluto – mais 114 mil pessoas ocupadas em um ano – e relativo, de 23,8). Chegou, assim, a 593 mil trabalhadores em 2024, um recorde na série histórica.

Em seguida, veio a a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com mais 97 mil trabalhadores em um ano (+8,8%), chegando a 1,196 milhão.

Para o secretário estadual Augusto Vasconcelos, a Bahia tem aproveitado o bom momento da economia brasileira e isso a levou a alcançar a menor taxa de desocupação dos últimos 10 anos.

“Os investimentos que temos atraído com o surgimento de novas empresas e obras de infraestrutura, aliados a um amplo programa de qualificação profissional e de intermediação de mão de obra, têm aumentado as oportunidades de trabalho”, disse.

Segundo o secretário, a ideia é insistir em políticas públicas eficazes que assegurem que os trabalhadores e trabalhadoras do Estado possam ter mais oportunidades e sejam ainda mais aproveitados no mercado de trabalho baiano.

“Temos perspectivas positivas, como a retomada do estaleiro em Seada, de Paraguaçu, as obras estruturantes da ponte Salvador Itaparica, o VLT, o Porto Sul, a ferrovia de integração Oeste e Leste, os investimentos na energia eólica e a qualificação profissional de todas essas áreas, impulsionado também com a chegada da BYD, a indústria automobilística, entre outros setores”.

Vasconcelos afirma ainda que a Setre, junto ao Governo do Estado, tem trabalhado intensamente para conquistar novas oportunidades com impulsionamento de cadeias produtivas locais. “Fortalecendo através de programas como o Microcrédito, o Crede Bahia, a geração também de mais renda, principalmente para a população mais pobre. E em paralelo, temos feito diálogo para que novas empresas venham a se instalar em nosso estado, aumentando ainda mais a empregabilidade da população”, disse.