Titular da Secretaria de Educação (SEC), Rowenna Brito enfatizou que esses anúncios são compromissos “que reafirmam que a educação da Bahia está sendo uma prioridade do Governo do Estado”.
Com a convocação, o governo vai zerar o cadastro reserva do concurso de 2022. “A gente vai chamar todos os professores habilitados neste concurso. Já chamamos todas as vagas do edital e agora vamos zerar o cadastro reserva de professores, coordenadores, inclusive indígenas. Além disso, vamos nomear a última convocação com os novos profissionais de nutrição, para acompanhar e garantir a segurança alimentar”, falou.
A secretária destacou ainda a importância do Férias na Escola 2025, que terá início no próximo dia 13 de janeiro. Essa será a segunda edição do projeto que, em 2024, atendeu 131 mil alunos da rede –, e nasceu com o objetivo primário de reduzir e reverter o cenário de insegurança alimentar dos alunos durante as férias. Mas o projeto vai muito além disso.
“Sabemos das questões sociais que muitos estudantes passam, sem condições de viajar ou mesmo sair nas férias, então o governo do estado está abrindo as escolas durante o período e isso tem sido muito importante. Os estudantes estão recebendo isso muito bem, pois além de garantirmos a segurança alimentar, já que muitos têm a alimentação dada pela escola como a única do dia, temos ainda muitas oficinas, atividades esportivas, culturais e de aprendizagem para eles em um lugar seguro. Para nós é importante fazer da escola esse lugar”, afirmou a secretária Rowena Brito.
Estudante da Escola Estadual Severino Vieira, na capital baiana, Ana Beatriz Melo, 17, participou das oficinas de teatro e escrita criativa da edição de 2024 do Férias na Escola, e destaca a importância do programa. “Não é só uma iniciativa educativa, é também um objeto de transformação social e de combate à criminalidade que nos assombra todos os dias. O período de férias nos mantêm vulneráveis diante do ócio e do acionamento de práticas ilícitas. Então quando temos projetos como esse que abrem portas de atividades educacionais, esportivas e culturais, a gente percebe uma redução nesse cenário”, contou Beatriz.
A escola é um grande catalisador de questões sociais, inclusive dos aspectos culturais, afirma o assessor especial da SEC, Manoel Calazans. “E o Férias na Escola cria ainda essa possibilidade de aproximação e de gosto pela escola, porque é mais divertida. É viver a escola de uma outra forma. E isso acaba atraindo. Dá mais desejo de voltar a estudar, contribui para o pertencimento, que é uma coisa que a gente precisa ter também com muita força na escola pública. É o aluno sentir que aquele espaço não é do governo, é dele. Sabemos que estamos mexendo um pouco na tradição do recesso escolar, mas, aos poucos, estamos mudando esse conceito e abrindo a escola para a comunidade”, explicou.
Para o coordenador geral da Coordenação de Políticas para a Juventude (Cojuve), Nivaldo Millet, uma das grandes vitórias do projeto é possibilitar que os jovens exercitem a criatividade e comecem o ano já conhecendo a escola. “Além das atividades e oficinas, teremos rodas de conversas, por exemplo, e uma extensa programação para que as escolas se preparem para realizar aquilo que têm condição. Queremos transformar a vida dessa juventude a partir de um grande mutirão que envolve a sociedade, educadores, escolas, mas também a família”, disse.
Fonte: A Tarde
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