domingo | 13.04 | 8:38 PM

Cientistas “revivem” lobo-terrível extinto há 13 mil anos com engenharia genética

O projeto, liderado pela empresa Colossal Biosciences, pode abrir caminho para a desextinção de espécies como o mamute, o dodô e o diabo-da-Tasmânia.

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Em um avanço histórico para a ciência, pesquisadores dos Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (7) o nascimento dos primeiros híbridos geneticamente modificados inspirados no lobo-terrível, um predador extinto há cerca de 13 mil anos. O projeto, liderado pela empresa Colossal Biosciences, pode abrir caminho para a desextinção de espécies como o mamute, o dodô e o diabo-da-Tasmânia.

Os filhotes — Rômulo, Remo e Khaleesi — nasceram entre outubro de 2024 e janeiro de 2025. Eles são fruto da edição genética de lobos cinzentos e chacais, espécies que compartilham características com o lobo-terrível original.

A técnica utilizou DNA extraído de fósseis para modificar cerca de 20 regiões do genoma dos animais modernos. O resultado? Criaturas com mandíbulas mais largas, dentes robustos, ombros fortes e até vocalizações semelhantes às dos lobos do período pré-histórico.

Contudo, os animais não são cópias exatas: são híbridos com traços físicos e comportamentais recriados em laboratório com base nas informações genéticas disponíveis.

A Colossal já havia causado alvoroço ao apresentar camundongos com características inspiradas em espécies extintas há 4 mil anos. Agora, com os lobos-terríveis parcialmente “ressuscitados”, a era da biotecnologia dá um passo ousado rumo ao futuro.