No Carnaval de 2025, o Ilê Aiyê vai transportar os foliões em uma jornada em torno da ancestralidade e diversidade africana. Seguindo o tema “Kenya: Berço da Humanidade”, o bloco celebrará os 50 anos do seu primeiro desfile pelas ruas de Salvador cantando sobre as conquistas, riquezas e cultura do povo keniano. Mediante a música, da dança e das alegorias, o mais belo dos belos conduzirá o público em uma das grandes histórias do continente que inspirou a revolução musical da festa momesca.
Além de celebrar a vida do povo keniano antes da colonização europeia, iniciada no final do século XIX, o Carnaval do Ilê também homenageia a luta de heróis como Dedan Kimathi, Wangari Maathai e Jomo Kenyatta, que resistiram à opressão colonial. Ao som dos tambores e do canto forte que marca as apresentações do bloco, o desfile vai exaltar a importância da luta pela independência e a rica história dos diversos povos que compõem a população keniana, inspirando a todos a valorizar nossas raízes africanas.
O Ilê foi criado em 1974 por Vovô do Ilê, e por Apolônio Souza Filho, o Popó, dentro do terreiro Ilê Axé Jitolu, liderado por Mãe Hilda Jitolu, no Curuzu, bairro com maior percentual de população negra no país, conforme o IBGE. A iniciativa se propôs a ser o primeiro bloco afro do Brasil, um bloco formado exclusivamente por negros e para negros, que se tornou uma referência na luta contra o racismo ao enaltecer as raízes africanas na cultura nacional.