Após passar por muitos maus-tratos, um cachorro idoso, cego e amputado ficou uma década no abrigo esperando por alguém que o adotasse. Durante esse período, com a idade avançando, o cachorro chamado de Estabanado acabou ficando cego, e por causa de um tumor, precisou ter uma das patas amputadas.
“As pessoas normalmente procuram animais pequenos, fêmeas e filhotes. Mas adotar um animal adulto e idoso tem suas vantagens. Você já sabe o porte, o temperamento e eles costumam ser mais tranquilos, fora a gratidão que eles sentem”, explica a coordenadora do abrigo em Araraquara, Carolina Mattos Galvão.
Com uma idade estimada em 14 anos de idade, teve finalmente um destino feliz. Em um momento já sem esperanças, Carolina recebeu uma mensagem perguntando: “Qual o cachorro mais velho para adoção?” A mensagem foi enviada pela adestradora Daniela Molinari, que estava realizada em encontrar Estabanado, que foi rebatizado com o nome Tofu.
Ao portal ‘Cidade On’, Daniela contou que sempre teve um sonho de adotar um cachorro idoso. “Eu sempre tive o sonho de adotar um cachorro deficiente, um idoso e um surdo. Quando perguntei qual era o cachorro mais velho do abrigo, não imaginei que ele fosse ser deficiente visual e físico também”, contou.
Daniela conversou com o marido, e logo começaram a preparar a nova casa de Tofu. Por estar se recuperando da cirurgia de amputação, o cão ainda tinha que esperar um mês para conhecer a família nova. “Encomendei a plaquinha de identificação, compramos caminha, roupa, coleira, uma guia nova. Foi muita ansiedade, parecia que o tempo não passava”, conta Daniela.
Quando, enfim, o dia chegou, a animação tomou conta da casa. “Foi uma sensação indescritível, uma coisa mágica. Eu sabia que queria, mas não sabia que seria tão bom assim”, destacou a adestradora. “Ele é muito bonzinho, dormiu como um anjo, não está mais trombando nas coisas. Minha família está feliz, ele está feliz, é gratificante ver ele aqui. Agora ele tem uma família, não só uma casa, mas uma família mesmo. Queria agradecer a todos que cuidaram dele pra mim até hoje”.
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