Evento mundial dedicado à conscientização sobre os impactos socioambientais da indústria da moda, a Semana Fashion Revolution retorna a Salvador para mais uma edição entre os dias 22 a 27 de abril. Movimento ativista iniciado há uma década em Londres, na Inglaterra, a programação vai oferecer diversas atividades gratuitas em diferentes locais da capital baiana para incentivar melhores práticas de produção e consumo na moda.
Em Salvador, haverá atividades como bate-papos, bazar de trocas, yoga, além de oficinas de reaproveitamento de tecidos, fabricação de joias, bonecas e artesanato. A programação local vai desafiar os participantes a pensarem sobre os desafios da moda na capital baiana.
Com o tema nacional ‘Pensar global, agir local: Quem é o Brasil na Revolução da Moda?’, o evento busca revolucionar a moda e transformá-la em uma indústria justa e transparente para as pessoas e o planeta. A semana ocorre simultaneamente em mais de 100 países.
Por aqui, serão discutidos temas como soluções para os resíduos têxteis de abadás no Carnaval; reconhecimento do artesanato e sabedoria local; diversidade, equidade e pertencimento na moda, entre outros assuntos.
“Salvador tem muito a contribuir com o debate sobre a moda sustentável no país. A prova disso é que toda a programação é feita por organizações parceiras e pessoas voluntárias, que se identificam com a ideia e que propõem atividades. Temos profissionais que atuam nessa área, projetos e pesquisas que podem contribuir para tornar a moda mais justa para todos”, avalia Ana Fernanda Souza, representante de Salvador e Coordenadora do Comitê Racial do Fashion Revolution.
Fashion Revolution
Maior campanha de ativismo de moda do mundo, a Fashion Revolution foi fundada em Londres, na Inglaterra, em 2013. As ativistas Carry Somers e Orsola de Castro foram motivadas a iniciar o movimento após o desabamento do Edifício Rana Plaza, em Bangladesh, onde milhares de pessoas trabalham, em condições precárias, para a indústria da moda. A tragédia causou a morte de 1.100 pessoas e deixou mais de 2.500 feridos.
Atualmente, a iniciativa alcança mais de 100 países mobilizando cidadãos, marcas e formuladores de políticas por meio de comunicação, pesquisa, educação e advocacy para acelerar a transição da moda rumo à justiça social e climática. O setor é o segundo maior poluidor do mundo, atrás apenas do petróleo, segundo pesquisa da Global Fashion Agenda.
“O engajamento comunitário é peça-chave para a transformação da moda. O Brasil é um gigante têxtil e, ao mapearmos, em conjunto, os problemas e soluções locais, temos um imenso potencial para gerar impactos positivos no setor, fazendo da moda brasileira uma inspiração para a cadeia têxtil global”, afirma Fernanda Simon, Diretora Executiva do Fashion Revolution Brasil.
Fashion Revolution Week Salvador 2025
22 a 27 de abril
Diversos locais de Salvador
Entrada gratuita