O preço da venda de imóveis em Salvador e no Brasil, de maneira geral, continua subindo e espantando a população. Somente no mês de janeiro, a nível nacional, houve um avanço de 0,59%. Somado aos últimos 12 meses, a inflação ao consumidor teve alta acumulada de 7,98%.
Os dados são do Índice FipeZAp, divulgados no início de fevereiro. Para se ter uma ideia, a capital baiana está entre 20 capitais que integram a lista com a maior alta mensal nos preços no mês de janeiro: 1,64% nos preços de vendas de imóveis. À frente de Salvador vem Vitória com alta de 2,19% e Teresina (1,72%).
O preço médio de venda residencial em Salvador ficou em R$6.970 o metro quadrado, valor acima de Manaus (R$6.932 m², Cuiabá ( R$6.462m²) Campo Grande (R$6.098/m²), Natal (R$5.655/m²).
Conforme os dados do IBGE de 2022, em Salvador existem cerca de 959 mil domicílios e 270 mil apartamentos. A renda média da população é de R$ 4,828 por domicílio. “A moradia em Salvador está cara para o poder aquisitivo da maioria e muita gente está se mudando para as periferias, onde o acesso aos serviços básicos é precário. Aliado a isso, as condições de trabalho não são propícias para se morar bem”, afirma o corretor de imóveis George Correia.
Na lista de bairros com residências mais caras em Salvador a Barra ocupa o primeiro lugar: o metro quadrado está custando R$10.534. Em segundo lugar vem o Caminho das Árvores, custando R$ 9.826 o metro em quadrado. Em seguida Ondina (R$ 9.241/m²), Rio Vermelho (R$8.736/m²), Pernambués (R$ 7.569 /m²), Imbuí (R$ 7.491 /m²), Brotas (R$ 7.305 /m), Graça (R$ 7.154 /m²), Pituba (R$ 7.152 /m²) e Itaigara (R$ 6.546 /m²).
Embora a Barra esteja custando mais caro, conforme aponta o índice, foi nos bairros de Caminho das Árvores e Ondina que se notou uma maior variação pra cima, de 24 % nos últimos doze meses.
Na análise do Índice sobre os preços de vendas de imóveis, ficou entendido que o incremento mais expressivo foi em relação àqueles que contavam com apenas um quarto – o aumento foi de 0,72%. Já em relação às casas de três quartos, o crescimento foi de 0,43%.
Para especialistas, vários fatores podem explicar os preços mais caros para venda de imóveis na capital baiana, com aumento de 1,64% somente no mês de janeiro. Entre os motivos, está a alta procura de estrangeiros e moradores de outros estados, principalmente do Sudeste.
“Salvador está crescendo, está ganhando projeção nacional muito grande diante da qualidade de vida. Muita gente que já veio para aqui antes, vem novamente no mês de janeiro, no verão, para morar ou investir, comprando para alugar por temporada e fazer airbnb. Vemos muito isso no Santo AntÕnio, na Barra, no Centro Histórico”, explica o corretor de Imóveis George Correia.
Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia
