segunda-feira | 25.11 | 2:40 PM

Análise: Bahia volta a pagar preço alto por ineficiência ofensiva em empate com o Athletico

Tricolor chega ao sétimo jogo sem vencer no Campeonato Brasileiro

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Pelo segundo jogo seguido o Bahia deixa a Fonte Nova sem vencer, e com a sensação de que era possível ter um resultado melhor. Depois da derrota para o Palmeiras, o Tricolor empatou em 1 a 1 com o Athletico uma partida onde o time teve chances, mas não conseguiu converter as oportunidades em gol.

 

O Bahia entrou em campo praticamente com o mesmo time que perdeu para o Palmeiras, mas foi elogiado por Rogério Ceni. As únicas mudanças foram a volta de Kanu, no lugar de David Duarte, e a saída de Thaciano, que sofreu um desconforto muscular no aquecimento, para a entrada de Cauly. O camisa oito ficou responsável pelo lado esquerdo do ataque, mas não fez muito.

Quem ditou o ritmo do Bahia no primeiro tempo foi Ademir. Aberto pela direita, o Fumacinha foi o jogador mais participativo no ataque tricolor. Ele conseguiu boas arrancadas, dribles, sofreu faltas e ganhou escanteios. Por outro lado, pecou no último gesto, seja para finalizar ou para acionar companheiros de time.

Everton Ribeiro Bahia Athletico-PR — Foto: Jhony Pinho/AGIF
Everton Ribeiro Bahia Athletico-PR — Foto: Jhony Pinho/AGIF

 

Aos poucos, o jogo concentrado no lado direito tornou o Bahia previsível. O Tricolor não conseguia gerar lances pela esquerda, nem pelo centro do campo, onde Jean Lucas errava muitos passes. Em uma das raras participações por esse lado, Cauly achou bom passe para Everton Ribeiro, que finalizou fraco.

Curiosamente, mesmo com o meio de campo que Rogério Ceni tratou como ideal em toda a temporada, o setor foi justamente aquele que o Bahia mais mostrou dificuldade para gerar jogo contra o Athletico, na tarde do último sábado. E sem produção pelo meio, o time também extraiu pouco de Lucho Rodríguez.

Segundo tempo

A segunda etapa começou com o Bahia sem mudanças de peças, mas com um maior ímpeto ofensivo. Em 15 minutos o Tricolor criou pelo menos três chances para abrir o placar: Lucho cobrou falta com perigo, Cauly finalizou de dentro da área sem força, e Ademir acertou a trave de cabeça.

Em busca de ainda mais presença ofensiva, Rogério Ceni sacou Cauly do time e colocou Everaldo em campo aos 15 minutos. Mas a primeira ação no lance seguinte à mudança foi um gol do Athletico. Cuello recebeu pelo lado esquerdo do ataque, passou por Gilberto e cruzou para Nikão finalizar livre de marcação.

O Tricolor até teve a chance de um empate imediato, mas Lucho perdeu chance inacreditável cara a cara com o goleiro adversário. E aí, sete minutos depois de sofrer o gol, Rogério Ceni recorreu a uma nova mudança tática para deixar o Bahia ainda mais ofensivo: Biel entrou no lugar de Gilberto.

Luciano Juba passou a formar uma linha de três jogadores na defesa ao lado de Gabriel Xavier e Kanu. Pelos lados do campo, Ademir (Tiago) e Biel viraram alas. E foi assim, mais na base do abafa do que da técnica e da tática, que o Bahia chegou ao empate já nos acréscimos, quando Biel desviou para as redes uma finalização de Everaldo.

A bola na rede fez o Bahia somar um ponto que ainda pode ser decisivo diante do equilíbrio entre os times que buscam as últimas vagas para a Libertadores. Mas em nada diminuiu a irritação do torcedor que viu o time chegar ao sétimo jogo sem vitórias no Campeonato Brasileiro.

Quando o Bahia voltar para campo, na noite do próximo sábado, o time já vai ter completado dois meses sem vencer. O adversário será o Cuiabá, em jogo marcado para as 19h30 (de Brasília), na Arena Pantanal. Clique aqui para ver a tabela completa do Campeonato Brasileiro, competição que tem o Tricolor na oitava posição.

 

Fonte: Ge

Foto: Jhony Pinho/AGIF