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Ilê Aiyê celebra 50 anos de resistência e tradição

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Redação

No dia 1º de novembro, a partir das 18h30, ocorrerá a celebração do cinquentenário do Ilê Aiyê com um show histórico, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador.

O espetáculo Ilê Aiyê – 50 Anos trará um Concerto Afro-Sinfônico dirigido pelo renomado dramaturgo e diretor artístico Elísio Lopes Jr., com um repertório selecionado e convidados especiais que vão homenagear a beleza e a força do Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro do Brasil.

Essa celebração cênico-musical é um convite para reviver a trajetória do Ilê Aiyê, que há 50 anos ilumina, inspira e luta pela igualdade racial através da música, dança e cultura afro-brasileira.

História

O Ilê foi criado em 1º de novembro de 1974, quando Antônio Carlos Vovô, Apolônio de Jesus (1952-1992) e outros moradores do entorno da ladeira do Curuzu decidiram montar um bloco de carnaval formado apenas por negros. Até hoje, apenas pessoas negras podem desfilar no Ilê.

Os fundadores do Ilê foram inspirados pelas lutas por direitos civis nos Estados Unidos, pelas guerras de libertação contra o colonialismo na África e pelos movimentos estadunidense Black Power e Panteras Negras.

A identidade visual do bloco foi criado em 1978, pelo artista Jota Cunha. A máscara africana com quatro búzios abertos na testa e que formam uma cruz foi batizada de Perfil Azeviche.

O azeviche é um tipo de mineral negro que é associado ao barro preto das terras de Liberdade e, ao mesmo tempo, à pele negra, sendo também referência para o nome da sede do bloco, Senzala do Barro Preto.

 

Foto: Reprodução | Ilê Aiyê