Por Pedro Leo
A queda de rendimento da seleção brasileira de futebol com a ausência de Neymar tem sido um ponto de discussão acalorada entre os torcedores e especialistas. Neymar, sem dúvida, é um dos jogadores mais talentosos da sua geração, capaz de mudar o rumo de uma partida com um lampejo de genialidade. No entanto, a sua ausência recente, devido a lesões, evidenciou a dependência excessiva que o Brasil ainda tem de seu camisa 10, mesmo com a renovação do elenco e o surgimento de novos talentos.
O Brasil, sem Neymar, perde principalmente em criatividade ofensiva. Ele tem a habilidade singular de quebrar defesas fechadas, driblar com eficiência e criar oportunidades que outros jogadores, por mais competentes que sejam, não conseguem gerar com a mesma consistência. Com ele fora de campo, o time parece hesitar, e o ataque perde fluidez, dependendo mais de jogadas coletivas previsíveis e de lampejos isolados de outros atacantes, como Vinícius Jr. e Rodrygo.
Por outro lado, a ausência de Neymar também expõe uma falha no planejamento a longo prazo da seleção brasileira: a falta de um plano de jogo que funcione sem sua estrela. O Brasil deveria ser uma equipe com múltiplas formas de atuar, mesmo sem sua maior referência. O time precisa evoluir taticamente para que a ausência de um jogador, por mais talentoso que seja, não signifique a queda brusca de rendimento.
Quanto ao seu retorno aos gramados, a expectativa é grande, mas cercada de incertezas. Lesões recorrentes podem afetar seu desempenho, tanto fisicamente quanto mentalmente. É essencial que o Neymar retorne em boas condições, não apenas para carregar o peso da seleção nas costas, mas para ser parte de um time mais coeso e menos dependente de um único jogador. O Brasil, para ser competitivo em torneios internacionais, precisa aprender a jogar tanto com Neymar quanto sem ele, explorando seu talento quando disponível, mas não se perdendo sem sua presença.
Assim, o retorno de Neymar é aguardado com esperança, mas também com a expectativa de que a seleção seja capaz de encontrar uma identidade sólida, que permita competir de igual para igual com as grandes equipes do futebol mundial, independentemente de quem esteja em campo.
