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Dia das Crianças: aumento de vendas tem projeção acima de 10% em 2024

Sindilojas prevê expectativas positivas para semana de feriado

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Com a aproximação do Dia das Crianças, no dia 12 de outubro, o varejo soteropolitano mantém as expectativas positivas e prevê crescimento no comércio. Segundo Paulo Motta, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio da Bahia (Sindilojas), a projeção é de um aumento de vendas acima de 10% nesta semana da criança, em comparação a mesma data em 2023.

Ainda segundo Motta, o momento se destaca por ser o segundo período mais movimentado para venda de presentes infantis, perdendo apenas para o Natal. Além disso, a ocasião também prevê o começo das contratações temporárias de fim de ano.

“É o segundo mês de venda do ano de brinquedos, porque o primeiro é dezembro, com confecções infantis e áreas de chocolate. Tem também um pouco da presença da biotecnologia, laptop, mas a concentração está no segmento de bens não duráveis. Acreditamos que estamos dando início a oportunidade do emprego temporário com as vendas de fim de ano, já para semana da criança pode ver ligeiras contratações localizadas. O mês de outubro tem a presença do setor infantil, eu coloco como quarto mês de venda do ano no varejo para atividade do comércio”, explica o presidente da Sindilojas, ao Portal A TARDE.

Já para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio-BA), a expectativa é de 7% no setor relacionado ao Dia das Crianças, de acordo com Guilherme Dietze, consultor econômico do órgão.

“Um aumento do emprego, ou seja, o ganho da renda através do seu salário e ao mesmo tempo uma inflação mais baixa permite também a expansão do poder de compra. Ao mesmo tempo, nós temos os preços ligados ao Dia das Crianças como computadores, eletrônicos de forma geral, vestuário, crescendo no ritmo mais baixo do que o ano passado. Alguns itens, por exemplo, estão com queda nos preços em relação a 2023 e isso favorece o aumento do consumo”, aponta Dietze.

Para Guilherme, é um momento econômico favorável para as famílias, tanto pela data cair em um final de semana, quanto por ser a primeira quinzena do mês – onde não gastaram completamente o salário. Segundo o consultor, isso aumenta o potencial de consumo para o Dia das Crianças.

“Não é somente o comércio que favorece. As famílias vão ao shopping no final de semana, vão gastar um presente, também vão gastar em uma recreação, em um restaurante, ou seja, comércio e serviços saem ganhando no Dia das Crianças. Esse aumento do poder de compra, desemprego em queda, inflação também bem mais moderada, crédito, as famílias mais confiantes, tudo isso favorece para que o Dia das Crianças seja um momento positivo para o comércio e para o setor de serviço também”, destaca Dietze.

Como os lojistas estão se preparando para o Dia das Crianças?
Como os lojistas estão se preparando para o Dia das Crianças? | Foto: Rafaela Araújo/ Ag. A TARDE

Entre os itens de maior saída, este ano, é possível constatar a influência do mundo digital, com a procura de mães e pais por celulares e jogos eletrônicos.

Quanto gastar nas datas comemorativas?

O especialista Antônio Carvalho, professor de economia e finanças, explica que as datas comemorativas sempre têm um apelo emocional que remete às relações humanas. Nesse contexto, o Dia das Crianças traz a necessidade do ser humano em estabelecer uma marca como forma de registrar o carinho pelo outro.

“O comércio utiliza nessas datas o apelo emocional da necessidade que nós seres humanos têm de nas nossas relações estabelecer o mínimo, o presente ou a lembrança como uma marca, como uma forma de registrar o carinho, a lembrança, a atenção pelo outro. O comércio brasileiro sempre utiliza essas datas para as suas vendas com propagandas e esse apelo, que remetem essa relação para que as pessoas possam presentear os seus filhos, sobrinhos, afilhados e todas aquelas crianças que amamos. A expectativa é de sempre maiores vendas, sobretudo dos itens como vestuário, brinquedos e artigos infantis de maneira geral que podem ser adquiridos para presentear os pequenos”, ressalta o economista.

O professor orienta que o consumidor observe a própria renda para só então comprar um presente e evitar o endividamento.

“Você vai poder comprar um presente mais caro? Se sim, ótimo. Se não, pode ser uma simples lembrancinha, desde que seja útil pra criança, um brinquedo, algo que ele vá lembrar de você mas, que não necessariamente você vá se endividar ou gerar um aperto econômico financeiro para os próximos meses. É importante observar, comprar um presente que você julgar necessário de acordo com o seu poder de compra. As pessoas que te amam certamente não ficariam felizes em saber que você se endividou para presenteá-las. Um presente útil que pode ser utilizado pela criança, um tênis, uma roupa, um caderno, um brinquedo, e que possa deixar uma marca bacana. Ser lembrado, ‘isso aqui foi o meu pai, a minha mãe, o meu dindo, a minha dinda que me deu’”, destaca Antônio.

 

Fonte: A Tarde

Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil