Já chamada de “híbrido plug-in flex fuel”, a intenção é que a adaptação não funcione apenas nos carros fabricados para o mercado brasileiro, mas seja exportada para o mundo inteiro, internacionalizando o etanol do Brasil.
“A BYD é a maior empresa de carros eletrificados do mundo. Ou seja: temos condições de dar para essa riqueza brasileira, que é o etanol, uma penetração no mercado de eletrificados de todo o planeta. Podemos implementar em modelos como o Song Pro, gerando economia, eficiência e inteligência financeira para aqueles que compram os nossos carros”, exalta Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da montadora, em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE.
Maior investimento da montadora fora da China, a planta de Camaçari já possui previsão de ampliação mesmo antes da inauguração oficial. A BYD pretende investir R$ 1 bilhão a mais do que planejado inicialmente.
Inicialmente, a previsão era da construção de um complexo em uma área de 330 mil metros quadrados, que empregaria cerca de 10 mil pessoas. Com o aumento do volume de dinheiro aplicado, a perspectiva é que a geração de emprego aumente.
Além dos investimentos na construção de uma grande planta industrial em Camaçari, a BYD promete colocar recursos financeiros para transformar a região em uma espécie de “Vale do Silício baiano”.
“Muitos investimentos ainda são aguardados. O mundo vive uma transição e o Brasil pode protagonizar essa revolução, pois tem uma matriz limpa. É um conhecimento vertiginoso da tecnologia fotovoltaica, da tecnologia eólica, e converge com o que nós hoje estamos produzindo: baterias para carros e ônibus elétricos, baterias estacionárias para armazenamento de eletricidade. E novidades ainda mais importantes serão anunciadas em um futuro breve, pois Camaçari é o coração da BYD nas Américas”, finaliza o executivo.