Além da disputa pela vaga na competição continental de 2025 via Campeonato Brasileiro, Ceni pode gravar seu nome na história do clube caso supere o Flamengo nas quartas de final da Copa do Brasil de 2024, levando o clube a sua primeira semifinal na história do torneio. O duelo decisivo será realizado nesta quinta-feira, 12, às 21h45, no Maracanã.
Chegada ao Bahia e permanência
O treinador chegou ao Tricolor de Aço assumindo um papel de ‘bombeiro’. Naquele momento, o clube ocupava a 16ª posição do Brasileirão 2023, apenas um ponto a frente da primeira equipe dentro da zona de rebaixamento, com cinco vitórias em 22 partidas disputadas, somando míseros 22 pontos na tabela de classificação.
Logo em sua chegada, Ceni deixou claro seu objetivo: livrar a equipe do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Durante sua apresentação, o novo comandante tricolor ainda previu o que poderia estar por vir no futuro do Esquadrão.
Reforços e implementação do estilo de jogo
Após conquistar o objetivo de evitar o descenso, Ceni finalmente teria tempo para implementar seu estilo de jogo com uma pré-temporada inteira pela frente. Aliado ao tempo para aperfeiçoar o futebol mais ofensivo, o Bahia não perdeu tempo e foi ao mercado de transferências de maneira ativa, trazendo nomes de peso para seu elenco. Os três primeiros contratados mostraram que o tricolor não estava para brincadeira e queria mudar de patamar em 2024.
Com as chegadas de Jean Lucas, Caio Alexandre, e principalmente Éverton Ribeiro, Rogério Ceni agora possuía um dos principais setores de meio-campo do futebol brasileiro. Além dos novos contratados, a manutenção de Cauly permitiu que o treinador escalasse entre os titulares o quarteto que chamou atenção de todo o país nos primeiros meses do ano. Estava iniciada uma nova fase: o Bahia agora era um time propositivo.
Quebra de expectativa
Apenas oito dias depois da inesperada derrota para o River-PI, Ceni tinha pela frente o primeiro Ba-Vi do ano, no dia 18 de fevereiro. Jogando em um Barradão lotado, com torcida única do rival, o Bahia sofreu o segundo revés na temporada. O jogo terminou 3 a 2 para o Vitória, em partida que contou com duas viradas e duas expulsões do lado tricolor.
Muito criticado pela torcida por conta das decisões tomadas no confronto, após o apito final Ceni declarou: “É uma pena perder, é um clássico, mesmo na casa do adversário. […] As derrotas machucam. Deveriam incomodar muito os envolvidos. […] Hoje não fomos tão competitivos como sempre fomos. Perdemos o controle do jogo, e eles foram superiores”.
Apesar da grande festa azul, vermelha e branca, com um jogador expulso ainda no primeiro tempo, o Esquadrão não conseguiu impor seu jogo sobre o Vitória e a partida terminou 1 a 1, dando o título para o rival, que não sagrava-se campeão estadual desde 2017.
Fonte: A Tarde
Foto: Divulgação / EC Bahia