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Festejos juninos devem movimentar R$ 5,5 bi no comércio varejista

A maior parte do faturamento bilionário do mês ficará por conta dos supermercados, cujo aumento esperado nas vendas é de 6,5%.

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Um dos períodos mais aguardados pelos nordestinos, principalmente pelos baianos, os festejos juninos chegam trazendo não só alegria, música e saborosa gastronomia regional: a comemoração em homenagem aos três santos de junho – Santo Antônio, São João e São Pedro – traz também para a Bahia um cenário positivo para a economia com alta  movimentação do comércio e do turismo.

No comércio varejista, por exemplo, os supermercados e o setor de vestuário devem movimentar  R$5,56 bilhões somente no mês. Se comparado  a junho de 2023, a alta é de 5,5%. As estimativas são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio).

“Esse dado não reflete exatamente os gastos das famílias com as compras para o São João, mas dada a importância do evento, entende-se que são tendências correlatas”, explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

De acordo com a entidade,  a maior parte do faturamento bilionário do mês ficará por conta dos supermercados, cujo aumento esperado nas vendas é de 6,5%. O especialista explica que a Fecomércio sempre analisa o perfil de compra dos consumidores neste período do ano. “Tanto os consumidores compram comidas e bebidas para fazerem eventos com familiares e amigos, quanto os empresários que precisam abastecer seus estoques para atender um público maior num hotel, restaurante, festas etc”, diz Dietze.

Ja os ingredientes das comidas típicas desta época do ano estão com aumento anual acima da inflação média da região de Salvador, de 3,49%. Chama a atenção o aumento de 21,95% do arroz, mas bem menos expressivo estão o milho verde (7,42%), maçã (7,26%) e leite de coco (3,78%). Alguns outros itens ajudam nessa balança, pois apresentam retração no acumulado de 12 meses, como é o caso da farinha de trigo (-19,04%) e da mandioca (-7,45%). Essas informações são do IPCA, levantamento mensal do IBGE.

Apesar de render bem, o setor de vestuário deve apresentar queda de 3%. “Contudo, é preciso entender que além de uma disputa com o mercado online, muitos consumidores já compraram suas roupas festivas no pós-pandemia, sendo agora compras mais residuais. Até por imaginar que a renovação de guarda-roupa não é um ato frequente ou anual.

 

Turismo tem  grande expectativa na capital e interior do Estado

A Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), estima, junto com trade, que o setor deve injetar pelo menos R$ 2 bilhões no economia baiana e movimentar cerca de R$ 1,7 milhão de turistas, tanto do estado como de fora, pelos municípios baianos.

Conforme a Associação Brasi

leira das Indústrias de Hotéis (ABIH) e a Associação Baiana de Viagens (ABAV),  a projeção é de que 100% da capacidade hoteleira esteja ocupada no estado, principalmente nos municípios considerados os chamarizes dos festejos juninos, tais como: Salvador, Cruz das Almas, Amargosa, Ibicuí, Itacaré, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Lençóis.

Para o presidente da ABIH-Ba, Wilson Spagnol, este ano há o diferencial do aumento da oferta de atrações, aliado ao planejamento de segurança, saúde e fiscalização com as secretarias estaduais. “No ano passado as cidades mais buscadas para os festejos de São João tiveram 100% de ocupação, e a expectativa para esse ano é a mesma, já que algumas localidades têm oferta limitada de hotéis, pousadas e albergues. Também existe uma expectativa de fluxo maior vindo de turistas de fora da Bahia, já que o São João tem sido divulgado em outros estados”, afirma.

Fecomércio – Para o consultor econômico da Fecomércio, Guilherme Dietze, o Turismo é destaque e isso pode ser percebido na movimentação da rodoviária de Salvador. “Desde 2019, quando há dados disponíveis no Observatório do Turismo da Setur-BA, a movimentação no mês de junho, de embarques e desembarques, ou é a mais alta no ano ou a segunda, à exceção de 2020 e 2021, fase da pandemia”, informa o consultor, acrescentando que no ano passado, por exemplo, a movimentação no mês foi de 542,7 mil, a maior do ano, superando inclusive dezembro, com 510 mil embarques.

“É importante destacar que o consumidor baiano está com a situação econômica mais fortalecida, sobretudo devido à menor taxa de desemprego no Estado desde 2015. A confiança no trabalho permite o aumento do consumo e o acesso mais facilitado ao crédito”, contextualiza. (HV)

Fonte: Tribuna Da Bahia

Foto: Romildo de Jesus